A Airbus anunciou, primeira quinzena de fevereiro, que não fabricará mais o A380: o maior avião do mundo até 2021. A decisão foi tomada depois que a Emirates – sua cliente principal – optou por fazer uma modificação em parte de seus pedidos para substituí-los pelos modelos A330-900 e A350-900.
Ao que parece, esses modelos são mais eficientes do que o A380. O problema é que o anúncio acabou por decretar a perda de 3.500 empregos em toda a Europa.
A Emirates recebeu até agora um total de 162 aeronaves A380, e finalmente ficou com apenas 123. Por sua vez, acabou por assinar um contrato para 40 unidades do A330-900 e 30 unidades do A350 900.
Tom Enders, CEO do grupo europeu, explicou um pouco mais sobre a questão em um comunicado. Ele disse que com o ocorrido, o grupo não tem uma base substancial para produzir o A380. Isso acontecerá apesar dos esforços de vendas que fizeram durante os últimos anos com diversas companhias aéreas.
Fato este que levou à finalização das entregas do A380: o maior avião do mundo em 2021. O presidente-executivo do consórcio aeroespacial europeu indicou que a empresa vai continuar a apoiar a aeronave. No entanto, alertou que nas “próximas semanas” iniciaria um diálogo com os parceiros sociais por conta do desemprego que ocorrerá.
O impacto negativo da falta da produção do A380: o maior avião do mundo
A empresa sabe que milhares de passageiros adoram voar na grande aeronave. Eles sentiram que este é um anúncio doloroso para toda a comunidade do A380 no mundo inteiro.
A Airbus disse que o impacto da decisão foi “amplamente estudado” depois de ver os resultados positivos em 2018. Esses resultados mostraram um lucro próximo a 3.000 milhões de dólares.
O motivo concreto do término da fabricação
A Airbus criou o A380 para competir com o Boeing 747 pelo domínio do mercado no mundo. No entanto, apesar de seu tamanho e de ele ser um dos favoritos dos passageiros, era caro para as companhias aéreas que finalmente optaram por outros modelos no mercado como o Boeing Dreamliner.
A tendência no mercado impôs que uma aeronave poderia cobrir grandes distâncias com apenas duas turbinas. O A380 tem quatro. Foi então que as companhias começaram a optar por aeronaves de longo alcance, mas menor consumo de combustível.
Milhares de empregos em risco
A sede administrativa da Airbus fica em Toulouse, na França. O fato é que ela possui centros de produção na Alemanha, no Reino Unido e em Chipre.
De fato, as asas do A380 foram produzidas no Reino Unido. A empresa disse que vai mesmo começar a discutir o impacto que essa decisão poderá gerar nos 3.500 empregos (no Reino Unido) nos próximos três anos.
Uma das opções poderia ser transferir parte desses funcionários para a produção de modelos como o A320. Essa aeronave se tornou a favorita e poderá oferecer “uma série de oportunidades dentro da empresa”.
O A380: o maior avião do mundo infelizmente deixará o mercado em pouco tempo. Triste notícia para os usuários que apreciavam as viagens feitas nele. Você é um desses usuários? Conhece a aeronave? Conte-nos!
Imagem em destaque: Foto/Reprodução internet